Alberto Cidraes

(1945) Nasce, na cidade de Elvas, Portugal. Em 1970, conclui sua formação em Arquitetura, na cidade de Lisboa. Logo parte para o Japão com bolsa de pesquisa de pós-graduação sobre arquitetura da madeira na Universidade de Kyushu. Ainda no Japão, inicia-se na arte da cerâmica, por volta de 1972, frequentando o atelier da universidade e de ceramistas independentes japoneses, inclusive o atelier de Toshiyuki e Mieko Ukeseki, na província de Koshiwara. Viaja para o Brasil em 1973 e, no ano seguinte, instala-se na pequena localidade de Cacha Prego, no estado da Bahia, formando ali o grupo Takê em parceria com outros artistas, entre eles, sua mulher Maria Estrela, Antonio Cordeiro e Gilberto Jardineiro, que mais tarde vão tornar-se ceramistas na cidade de Cunha/SP.

Transfere-se para Cunha no ano de 1975 para integrar-se ao grupo que monta atelier coletivo de cerâmica no edifício do ex-matadouro da cidade. Remanescente desse grupo pioneiro que
permaneceu unido apenas por cerca de um ano, Cidraes trabalha e vive, até 1983, no mesmo edifício, que passa a se chamar Atelier do Antigo Matadouro. No ano de 1984, constrói novo atelier e forno na mesma cidade. Durante esse período de atividade, produz objetos e esculturas em cerâmica, predominantemente figurativas. Desde então, vem desenvolvendo trabalho original que mistura a antiga técnica oriental de cerâmica de alta temperatura a um imaginário plástico abrangente. Imaginário alimentado pelas formas da arquitetura e do design e, em especial, pelas possibilidades plásticas e expressivas da face humana.