Nasce na província de Miyasaki, Japão, em 1946. Abandona emprego na área de enfermagem para montar atelier e forno, em 1971, na localidade de Koishiwara, província de Fukuoka, em parceria com Mieko Ukeseki. Seu aprendizado inspira-se na releitura da tradição artesanal japonesa, traço do movimento Minguei, movimento modernista japonês responsável pela revalorização da atividade artesanal. Dentre outros mestres ceramistas contemporâneos do Minguei, Kanjiro Kawai, cujo trabalho hoje está investido em patrimônio artístico nacional, lhe serve de referência. Em 1975, chega ao Brasil.
Nesse mesmo ano, reúne-se o grupo que vai construir o atelier coletivo de cerâmica no espaço do ex-matadouro da cidade de Cunha, interior de São Paulo, cedido pela prefeitura local. Formado por Toshiyuki e Mieko Ukeseki, Rubi Imanishi, Alberto Cidraes, Vicco e Antonio Cordeiro, este será chamado mais tarde por “grupo dos pioneiros” da cerâmica de Cunha. Toshiyuki Ukeseki tem papel decisivo na viabilização desse projeto ao partilhar sua experiência de ceramista com os demais membros do coletivo, iniciantes na arte que pretendiam desenvolver. Distanciado do contexto japonês, adota postura experimental no trabalho que realiza durante os três anos vividos em Cunha. Toshiyuki preserva a marca inconfundível da tradição japonesa. Em 1978, retorna ao Japão onde dá continuidade a prática da cerâmica. Passado mais de trinta anos desde sua passagem por Cunha, a atividade da cerâmica que desde então, manteve-se crescente ali, ainda guarda o traço que ele imprimiu.
Preservando a tradição cerâmica de Cunha com um acervo digital de mais de 200 obras, o Memorial promove arte e história local.
Projeto realizado com apoio do Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2009