Nasce na província de Mie, Japão, em 1946. Em 1971, abandona carreira de enfermagem parainiciar pesquisa prática na área da cerâmica em parceria com Toshiyuki Ukeseki. Do encontro entre o casal Ukeseki e o arquiteto português Alberto Cidraes, em 1972, nasce o projeto comum de viagem para o Brasil em busca de novas experiências de aprendizagem. Projeto realizado em 1975, ano durante o qual se reúne o grupo de artistas e artesãos formado por Mieko e Toshiyuki Ukeseki, Cidraes e Estrela, Rubi Imanishi, Vicco e Antônio Cordeiro, que instala atelier coletivo no espaço do antigo matadouro da cidade de Cunha.
Durante os primeiros anos de sua atividade, Mieko Ukeseki desenvolve sua arte cerâmica marcada pelas premissas do movimento moderno japonês Minguei (1910-30). Este movimento lançou a proposta de revalorização e releitura do artesanato tradicional japonês sob a ótica moderna da experimentação artística. A artista investe no requinte artesanal, desenvolvendo técnicas aprimoradas de modelagem, decoração e esmaltes de cores intensas para produzir peças de caráter, sobretudo, utilitário e decorativo. Na segunda metade dos anos 1980, motivada pelos cursos ministrados pelos pintores paulistas Antonio Carelli e Sandra Mendes, entra em contato com as questões centrais da arte moderna e contemporânea internacional, e passa a dedicar-se mais a livre invenção de formas, produzindo objetos escultóricos. Opta agora por formas simples e de acabamento rústico, com ênfase na cor e textura da massa de argila.
Preservando a tradição cerâmica de Cunha com um acervo digital de mais de 200 obras, o Memorial promove arte e história local.
Projeto realizado com apoio do Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2009